Ponte de Mértola/ Ponte Branca / Torre do Rio

IPA.00000905
Portugal, Beja, Mértola, Mértola
 
Vestígios de cais ou molhe fortificado, do qual restam 6 pegões dispostos em linha curva, metade dos quais reforçados por talha-mares a montante; a não existência de vestígios na outra margem do rio nega a sua função como ponte, corroborada pelo facto do leito do rio ser aqui demasiado profundo para ter permitido o lançamento de pegões e pelo arredondamento do último pegão, não normal numa ponte (ALMEIDA, 1976); na





verdade, para além de proteger a acostagem, a construção permitiria, em caso de necessidade, a passagem para a outra margem, por meio de barcaças (VEIGA, 1880); de couraça para defesa do porto e do acesso à água (TORRES, 1990). Tratar-se-ia de um aqueduto para abastecer a vila de água, tirada do rio por meio de nora; em Fez e na Síria existia uma deste tipo, esta lançando a água do rio Oronte sobre um aqueduto romano (ALMEIDA, 1976). Raro exemplo de cais ou molhe fortificado, construído durante o domínio árabe. Reaproveitamento de material romano nos 3 últimos pegões.

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